< 7 >

1 Por acaso o ser humano não tem um trabalho duro sobre a terra, e não são seus dias como os dias de um assalariado?
militia est vita hominis super terram et sicut dies mercennarii dies eius
2 Como o servo suspira pela sombra, e como o assalariado espera por seu pagamento,
sicut servus desiderat umbram et sicut mercennarius praestolatur finem operis sui
3 Assim também me deram por herança meses inúteis, e me prepararam noites de sofrimento.
sic et ego habui menses vacuos et noctes laboriosas enumeravi mihi
4 Quando eu me deito, pergunto: Quando me levantarei? Mas a noite se prolonga, e me canso de me virar [na cama] até o amanhecer.
si dormiero dico quando consurgam et rursum expectabo vesperam et replebor doloribus usque ad tenebras
5 Minha carne está coberta de vermes e de crostas de pó; meu pele está rachada e horrível.
induta est caro mea putredine et sordibus pulveris cutis mea aruit et contracta est
6 Meus dias são mais rápidos que a lançadeira do tecelão, e perecem sem esperança.
dies mei velocius transierunt quam a texente tela succiditur et consumpti sunt absque ulla spe
7 Lembra-te que minha vida é um sopro; meus olhos não voltarão a ver o bem.
memento quia ventus est vita mea et non revertetur oculus meus ut videat bona
8 Os olhos dos que me veem não me verão mais; teus olhos estarão sobre mim, porém deixarei de existir.
nec aspiciet me visus hominis oculi tui in me et non subsistam
9 A nuvem se esvaece, e passa; assim também quem desce ao Xeol nunca voltará a subir. (Sheol h7585)
sicut consumitur nubes et pertransit sic qui descenderit ad inferos non ascendet (Sheol h7585)
10 Nunca mais voltará à sua casa, nem seu lugar o conhecerá.
nec revertetur ultra in domum suam neque cognoscet eum amplius locus eius
11 Por isso eu não calarei minha boca; falarei na angústia do meu espírito, e me queixarei na amargura de minha alma.
quapropter et ego non parcam ori meo loquar in tribulatione spiritus mei confabulabor cum amaritudine animae meae
12 Por acaso sou eu o mar, ou um monstro marinho, para que me ponhas guarda?
numquid mare sum ego aut cetus quia circumdedisti me carcere
13 Quando eu digo: Minha cama me consolará; meu leito aliviará minhas queixa,
si dixero consolabitur me lectulus meus et relevabor loquens mecum in strato meo
14 Então tu me espantas com sonhos, e me assombras com visões.
terrebis me per somnia et per visiones horrore concuties
15 Por isso minha alma preferia a asfixia [e] a morte, mais que meus ossos.
quam ob rem elegit suspendium anima mea et mortem ossa mea
16 Odeio [a minha vida]; não viverei para sempre; deixa-me, pois que meus dias são inúteis.
desperavi nequaquam ultra iam vivam parce mihi nihil enim sunt dies mei
17 O que é o ser humano, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele teu coração,
quid est homo quia magnificas eum aut quia ponis erga eum cor tuum
18 E o visites a cada manhã, e a cada momento o proves?
visitas eum diluculo et subito probas illum
19 Até quando não me deixarás, nem me liberarás até que eu engula minha saliva?
usquequo non parces mihi nec dimittis me ut gluttiam salivam meam
20 Se pequei, o eu que te fiz, ó Guarda dos homens? Por que me fizeste de alvo de dardos, para que eu seja pesado para mim mesmo?
peccavi quid faciam tibi o custos hominum quare posuisti me contrarium tibi et factus sum mihimet ipsi gravis
21 E por que não perdoas minha transgressão, e tiras minha maldade? Porque agora dormirei no pó, e me buscarás de manhã, porém não mais existirei.
cur non tolles peccatum meum et quare non auferes iniquitatem meam ecce nunc in pulvere dormiam et si mane me quaesieris non subsistam

< 7 >