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1 Então Zofar, o naamita, respondeu, dizendo:
Respondens autem Sophar Naamathites, dixit:
2 Por acaso a multidão de palavras não seria respondida? E o homem falador teria razão?
Numquid qui multa loquitur, non et audiet? aut vir verbosus iustificabitur?
3 Por acaso tuas palavras tolas faria as pessoas se calarem? E zombarias tu, e ninguém te envergonharia?
Tibi soli tacebunt homines? et cum ceteros irriseris, a nullo confutaberis?
4 Pois disseste: Minha doutrina é pura, e eu sou limpo diante de teus olhos.
Dixisti enim: Purus est sermo meus, et mundus sum in conspectu tuo.
5 Mas na verdade, queria eu que Deus falasse, e abrisse seus lábios contra ti,
Atque utinam Deus loqueretur tecum, et aperiret labia sua tibi,
6 E te fizesse saber os segredos da sabedoria, porque o verdadeiro conhecimento tem dois lados; por isso sabe tu que Deus tem te castigado menos que [mereces] por tua perversidade.
Ut ostenderet tibi secreta sapientiae, et quod multiplex esset lex eius, et intelligeres quod multo minora exigaris ab eo, quam meretur iniquitas tua.
7 Podes tu compreender os mistérios de Deus? Chegarás tu à perfeição do Todo-Poderoso?
Forsitan vestigia Dei comprehendes, et usque ad perfectum Omnipotentem reperies?
8 [Sua sabedoria] é mais alta que os céus; que tu poderás fazer? E mais profunda que o Xeol; que tu poderás conhecer? (Sheol h7585)
Excelsior caelo est, et quid facies? profundior inferno, et unde cognosces? (Sheol h7585)
9 Sua medida é mais comprida que a terra, e mais larga que o mar.
Longior terra mensura eius, et latior mari.
10 Se ele passar, e prender, ou se ajuntar [para o julgamento], quem poderá o impedir?
Si subverterit omnia, vel in unum coarctaverit, quis contradicet ei?
11 Pois ele conhece as pessoas vãs, e vê a maldade; por acaso ele não a consideraria?
Ipse enim novit hominum vanitatem, et videns iniquitatem, nonne considerat?
12 O homem tolo se tornará entendido quando do asno selvagem nascer um humano.
Vir vanus in superbiam erigitur, et tamquam pullum onagri se liberum natum putat.
13 Se tu preparares o teu coração, e estenderes a ele tuas mãos;
Tu autem firmasti cor tuum, et expandisti ad eum manus tuas.
14 Se alguma maldade houver em tua mão, lança-a de ti, e não deixes a injustiça habitar em tuas tendas;
Si iniquitatem, quae est in manu tua, abstuleris a te, et non manserit in tabernaculo tuo iniustitia:
15 Então levantarás teu rosto sem mácula; estarás firme, e não temerás;
Tunc levare poteris faciem tuam absque macula, et eris stabilis, et non timebis.
16 E esquecerás teu sofrimento, [ou] lembrarás dele como de águas que já passaram;
Miseriae quoque oblivisceris, et quasi aquarum quae praeterierunt recordaberis.
17 E [tua] vida será mais clara que o meio-dia; ainda que haja trevas, tu serás como o amanhecer.
Et quasi meridianus fulgor consurget tibi ad vesperam: et cum te consumptum putaveris, orieris ut lucifer.
18 E serás confiante, porque haverá esperança; olharás em redor, [e] repousarás seguro.
Et habebis fiduciam, proposita tibi spe, et defossus securus dormies.
19 E te deitarás, e ninguém te causará medo; e muitos suplicarão a ti.
Requiesces, et non erit qui te exterreat: et deprecabuntur faciem tuam plurimi.
20 Porém os olhos dos maus se enfraquecerão, e o refúgio deles perecerá; a esperança deles será a morte.
Oculi autem impiorum deficient, et effugium peribit ab eis, et spes illorum abominatio animae.

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